INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
Como Administrar um Mar de Informação
“Hoje o nosso maior problema na gestão dos negócios não é falta de informação, é a nossa incapacidade de gerenciá-la.”
Na antiguidade os fenícios, persas, egípcios utilizavam os princípios de inteligência quando cruzavam informações obtidas na natureza para benefício de sua etnia ou coletividade. Por exemplo, estudavam o comportamento das marés, períodos de secas e de chuvas, posição dos astros, etc. Eram informações guardadas e usadas para tomada de decisões que ajudavam no dia-a-dia de suas comunidades, seja pela sobrevivência ou para se proteger de inimigos.
De lá para cá muita coisa mudou. Porém a necessidade de cruzar informações e usa-las como diferencial competitivo de forma inteligente continua sendo forte e tão importante quanto daquela época.
Inteligência competitiva é um produto resultante da coleta, avaliação, análise e interpretação de todas as informações disponíveis, e que se relacionem com um ou mais aspectos de uma determinada organização ou áreas que representem interesses imediatos ou potenciais para tomada de decisão. Podemos então dizer que inteligência competitiva é a informação avaliada e analisada com o objetivo de subsidiar decisores.
Nas empresas encontramos vários tipos de informações; aquelas que podem ser divulgadas, por exemplo às informações técnicas dos produtos da empresa; aquelas que devem ser protegidas tampouco divulgadas – marcas dos equipamentos em uso na empresa; aquelas informações que devem ser protegidas de terceiros, principalmente dos nossos competidores, sob risco de perdemos a vantagem competitiva.
Para criar um ambiente onde haja inteligência competitiva as organizações devem definir primeiramente como abordará a criação deste ambiente, deve passar por avaliação da estrutura e a cultura geral da empresa. Segundo, deve definir quem será responsável pelos dados, pois quem coleta não deve ser o mesmo que interpreta, analisa e toma decisões.
Ao criar um programa de inteligência competitiva a empresa passará a monitorar o ambiente de negócios de seu setor, e esse conhecimento dará aos decisores condições de tomar atitudes que forneçam à empresa uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes.
Hoje muitos dados estão à disposição na internet, nos jornais, em toda parte. O verdadeiro desafio está em saber filtrá-los e transformá-los em resultado. É mais simples reunir informações sobre a concorrência, porém são poucos os que sabem transformar estes dados em inteligência - o desafio é colocar em um mesmo ambiente quem detém a informação e quem precisa dela.
Num mundo de hipercompetição é necessário que empresas se cerquem de procedimentos que lhes auxiliem na tomada de decisões, portanto é crucial investir num bom modelo de inteligência.
Autor: Lauro Jorge Prado
Fonte: LJP e-Zine A Revista Eletrônica da Gestão